domingo, dezembro 30, 2012

" No passarán ! "

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Só se vive uma única vez.
No capítulo desta existência tão curta,  todos devíamos  ter o direito a um bilhete de 1ª classe .

quarta-feira, dezembro 26, 2012

"Este (não) foi o Natal que merecíam(os)"

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Oh,oh,oh,oh, eu sou o Papai Mortel.
   

sábado, dezembro 22, 2012

Fandango

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Este homem anda nas horas do cara... E nem uma crítica sequer  se pode fazer a esta criatura que o 1º ministro vem logo a terreiro defender a honra da sua dama, como aconteceu ontem no parlamento depois da intervenção do deputado bloquista João Semedo.

quinta-feira, dezembro 20, 2012

Portugal faliu ou morreu

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Portugal faliu 
O mundo todo já sabe até à exaustão o que se está a passar em Portugal, mas os partidos da comissão liquidatária que o governam continuam nas sondagens ( apesar dos números não serem bem aqueles , mas ainda assim significativos)a merecer a confiança de grande parte do eleitorado. Portugal é, assim, um autêntico "case study" de alucinação colectiva ou a atávica e amarga constatação de sermos um povo ignorante e estúpido. Os outros povos rebelam-se de indignação com o torniquete que estão a ser sujeitos, com os seus governos ( alguns até de direita ,com uma conotação muito forte aos interesses instalados ) a baterem o pé nas instâncias comunitárias, e nós, já a caminho do cadafalso, ainda pedimos encarecidamente ao carrasco do nosso governo que abrevie a execução. Por este facto, Portugal já está a ser visto na Europa como uma humilhante anedota . 
"Governo põe Portugal à venda", rezava assim o jornal espanhol "El Pais" esta semana. 
Vejamos, então, alguns exemplos canhestros que dão prova a esta notícia e que ainda por cima acrescentam um pendor risível à situação por que passa o nosso País. A EDP, empresa pública de electricidade , foi vendida ( imagine-se ) a outro Estado - no caso, o Estado chinês; a TAP, companhia aérea nacional, com aquele património imenso, vai ser vendida a um senhor colombiano por um preço que nem o guarda-redes do Sporting, Rui Patrício, seria vendido; a RTP, empresa pública de televisão, segundo tudo leva a crer, também irá ser vendida a uma empresa de que não se conhece o rosto dos seus proprietários e que ainda por cima está, para cúmulo da aberração, sediada num Off-Shore; enfim, mais palavras para quê. 
ou morreu


terça-feira, dezembro 18, 2012

21 de Dezembro de 2012

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 2012 - Calendário Maia 
Dizia a notícia que milhares de peregrinos acreditam estar protegidos da profecia Maia do fim do mundo porque nesse aziago dia estarão no lugar abençoado de Bugarach nos Pirinéus franceses. Já o governo Norte-Americano, a este propósito e há bem pouco tempo, foi obrigado a fazer uma declaração sobre tão inconsistente profecia e abstracta fatalidade para desencorajar as almas mais ingénuas e sugestionáveis de prepararem ou de cometerem alguma loucura, pondo assim em risco as suas vidas e as da comunidade onde vivem - tal não é a cegueira e a  irracionalidade que está a varrer o Mundo neste momento. 
Mas, de facto, e contra todas as previsões de cataclismos e de fins-do-mundo anunciados e nunca confirmados ( naturalmente ) ao longo da história, parece-me que desta vez a coisa é mesmo para ser levada a sério, porque o oráculo se vai cumprir, infelizmente, tão grande é o upgrade de fé e o peso histórico da mega previsão catastrofista . Na realidade, para além do facto da predição se concretizar, não obviamente porque exista uma relação de causa-efeito substantiva entre o pensamento  mágico  e o  apocalipse,  muito embora os medos do homem a tenham inflacionado até à histeria, ela concretiza-se porque,  unica e  exclusivamente, o mundo funciona assim. Como diria displicentemente o senhor de La Palisse : tudo terá de morrer um dia, seja ele no fatídico 21 de Dezembro de 2012 ou noutro dia qualquer do calendário. Daí  também o facto de não-nos podermos esquecer que esta regular e prosaica fatalidade, esta mais velha experiência do Mundo, também acontece a todo o instante, como agora ( alguém está a finar-se neste preciso momento ), e também irá acontecer até ao fim dos tempos. O Mundo vai acabar no dia 21 de Dezembro para quem morrer nesse dia, naturalmente. E não será preciso vacilar sobre tão eníqua e desvairada previsão, mesmo que a dita esteja legitimada pelas mais experimentadas explicações " científicas ", basta apenas ter os pés bem assentes na terra. Portanto, como não existem indícios demonstráveis da aproximação de qualquer corpo celeste que venha colidir com a Terra nestes tempos mais próximos, pelo menos é esse o cenário que todas as estações de rastreio nos dizem e que a todo o instante varrem a abóbada celeste com os seus poderosíssimos instrumentos, não há motivo para alarme. Pode-se alegar, no entanto, que o perigo se encontra perfidamente camuflado nos cometas invisíveis, no choque de universos no multiverso, na interferência cataclísmica de um wormhole, no nascimento de uma singularidade ou nas consequências imprevisíveis de um buraco negro formado numa experiência de alto risco - não publicitada - no Large hadron Colider etc,etc,etc, mas também se pode afirmar com absoluta certeza que o dia 22 de Dezembro  acordará , com sempre,  com um  sol radioso .
PS - Os Líderes das comunidades Maia da Guatemala, descendentes do antigo povo Maia, vieram publicamente denunciar a deturpação que se está a fazer com os ciclos do seu calendário, bem como do seu gigantesco aproveitamento comercial. Segundo reza a cultura Maia da contagem circular do tempo, no dia 21 de Dezembro termina um ciclo, denominado 13Baak t'un, que começou há 5.125 anos, e começa outro. O 'oxlajuj Baak t'un' (ou mudança de era maia), não tem nada a ver com o fim do mundo, diz unicamente respeito às mudanças que se operam no interior de cada pessoa, na família e na comunidade de modo a poderem atingir o equilíbrio e a verdadeira harmonia entre seres humanos e natureza.


   

sexta-feira, dezembro 14, 2012

Acorda Cavaco

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A má moeda está a dormir e o País a afundar-se.

quinta-feira, dezembro 13, 2012

Fica esperto...

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Psssseeeet!!!!!

A corrupção na origem da crise com o prof. Paulo Morais - parte I
A corrupção na origem da crise com o prof. Paulo Morais - parte II
A corrupção na origem da crise com o prof.Pedro bingre - parte I A corrupção na origem da crise com o prof.Pedro bingre - parte II

terça-feira, dezembro 11, 2012

Vamos brincar à caridadezinha

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"Jonet prefere caridade a solidariedade ", titulava assim um matutino hoje. Pudera, o pior é quando a miséria reenvindica nas fábricas e no trabalho ! Aí é que se torna perigoso para os interesses instalados, sendo necessário muitas vezes , para acalmar a fúria dos " madraços", chamar a polícia de choque.
Vamos mas é  brincar à caridadezinha, enquanto se bebe chá e joga canastra,  que uma sopinha se há-de arranjar sempre para a roda perpétua dos pobrezinhos . Até por que, afinal, também são os que já nada quase têm que num gesto genuíno de solidariedade ainda conseguem, do seu magro pecúlio, ajudar ( e muito ) a caridade  através das toneladas de géneros que doam à porta dos supermercados.

domingo, dezembro 09, 2012

Burro ou mestre do disfarce?

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Estará vitor a ficar completamente isolado, até do seu primeiro ministro, já que dos restantes membros do Governo, dos partidos políticos (sem excepção, incluíndo o próprio PSD), e do povo não restam dúvidas? Ou o "trabalhinho" para o qual foi chamado  fazer acabou e por isso já se pode ir embora com o dever cumprido ? De todo o modo, e após o seu desmentido de que Portugal não iria pedir as mesmas contrapartidas da Grécia, depois de o ter assegurado no parlamento, o primeiro ministro e a "terceira" figura do Governo, o Dr.Paulo Portas, já o desautorizaram, com o fragor que se conhece, não restando, aparentemente, outra alternativa ao pobre do Gaspar senão demitir-se. Ou será que o ministro das finanças alemão é mais forte do que tudo o resto ? Ou, como atrás se disse, porque o serviço encomendado a Gaspar, afinal , ainda não terminou, faltando, por exemplo, entre outras coisas, o desmantelamento completo do Estado Social? Creio , no entanto, que a resposta é mais capciosa e não tão linear como parece. Na verdade, depois de ter levado o País ( e desta vez, sim) à bancarrota, e de ter sido o homem de mão ( até onde foi possível ) dos interesses do capital, nomeadamente do bancos alemãs, o mestre do disfarce, conluiado com Passos Coelho, vai provavelmente ser substituído ( muito publicitadamente ), para permitir ao Governo voltar a iludir  de novo o povo com outra janela de esperança, com outra farsa política. Mas parece-me que desta vez o povo já não acredita nele, nem nunca mais irá acreditar. 
O PSD, finou-se, encontra-se em estado implosão.
Mas para tentar perceber o quanto Vitor Gaspar está a ficar isolado dos seus pares, atente-se na prosa escorreita como Marques Mendes, figura insuspeita de ser um reviralhado esquerdista, comentou mais este triste episódio da política à portuguesa. Disse ele:  
"Ao tentar explicar a razão pela qual Portugal não beneficia das mesmas condições concedidas à Grécia para pagar os empréstimos, o ministro Vítor Gaspar fez dos portugueses um conjunto de atrasados mentais que não são capazes de perceber as coisas". Acrescentando ainda que o "governante português está a gozar com o pagode".
E está, realmente, se for um exímio mestre do disfarçe. Ou então é um jumento . Senão vejamos os resultados da sapiência macroeconómica de tão Augustíssima inteligência: 
os objectivos do  défice falharam estrondosamente, com um buracão enorme nas contas públicas e  a dívida  agravada; as receitas fiscais deram um trambolhão enorme e  o PIB  recuou significativamente; a economia contraiu de forma assustadora, com um boom nas falências e o desemprego a disparar como nunca aconteceu até aqui, atingindo recordes impensáveis;  a recessão agravou-se para limiares proibitivos e, mesmo assim, depois do falhanço clamoroso da sua receita, Gaspar volta à mesma e ainda promete, no caso de uma nova derrapagem orçamental, tomar novas medidas de contingência em 2013. Portanto , ou o homem é burro ou um exímio mestre do disfarce.

quinta-feira, dezembro 06, 2012

11.11 - O relógio marca a hora.

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"Não sou nada místico, mas quando estas coisas acontecem sistematicamente, por mais que não queira, parece um sinal." 
Aproxima-se o dia. Você está preparado?
Wikipédia :
" O meu amigo está a ser perseguido por um número..., e não é apenas por um número qualquer, mas o número 11? Se estiver, então está a experimentar o fenómeno 11:11. Estranho , não é?  Desafia toda a lógica.
Todos os dias milhões de pessoas são misteriosamente impelidas a olhar para o momento em que, exactamente, o relógio marca 11.11.Para algumas pessoas isto significa que alguém lá no alto, do outro lado ou noutra dimensão, está a transmitir uma mensagem para si, que você não está sozinho.
Há muitos anos que os números 11:11 vêm aparecendo misteriosa e repetidamente às pessoas de todo o mundo. Muitas vezes, aparecem em relógios digitais e tendem a ocorrer em momentos de maior consciência, tendo um efeito poderoso sobre as pessoas envolvidas. Estes números 
causam uma reactivação dos nossos bancos de memória celular e uma agitação no interior profundo de algo há muito esquecido. A aparição do 11:11 é também uma poderosa confirmação de que estamos no caminho certo, alinhados com o raio da nossa Maior Verdade.
"Durante todo dia você olha para o relógio e vê 11:11. Coincidência? Defina o tempo do micro-ondas (no seu subconsciente para 1:11), a preguiça? Vai ver as facturas das compras e fica com 1,11 de taxa ou alteração. Eu fiz isso. E qual é o sentimento estranho que me invade todas as vezes que eu vejo 11:11? Estas são experiências típicas que estão a acontecer em pessoas por todo o mundo. É preciso encontrar a resposta.
Os Numerologistas acreditam que os eventos ligados à hora 11:11 aparecem mais frequentemente do acaso ou coincidência. Esta crença está relacionada com o conceito de sincronicidade. Outros autores acreditam que é um sinal auspicioso. E outros, que sinalizam uma presença de um espírito. É uma crença nos poderes místicos dos números e foi adoptada por muitos crentes na filosofia da Nova Era. No entanto, alguns cépticos dizem que o fenómeno 11:11, como outros eventos no mundo, são exemplos de análises em post-hoc, de raciocínio e predisposição para a confirmação - expressão latina post hoc ergo propter hoc ("depois disso, logo causado por isso") é o nome de uma falácia lógica que consiste na ideia de que dois eventos que ocorram em seqüência cronológica estão necessariamente interligados através de uma relação de causa e efeito. Exemplo :O galo canta sempre antes do nascer do sol. Logo, o sol nasce porque o galo canta.
A Numerologia é uma pseudociência segundo a qual os números e as operações matemáticas baseadas em caracteres (principalmente do nome) podem ser interpretados de forma a predizer ou a modificar o futuro ou características de personalidade.
O conceito de Numerologia abrange supostas relações místicas entre números e a vida das pessoas. São vários os sistemas, tradições e crenças nos números. Hoje, a numerologia está associada ao paranormal, juntamente com a astrologia e outras artes de adivinhação, e é tida como uma pseudociência."

quarta-feira, dezembro 05, 2012

Jellyfish-money

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Nas notícias dadas à estampa hoje, sobressaía uma curiosa sobre o eventual ciclo  de eternidade das medusas. Rezava assim:
"Será que a chave para a imortalidade está nas medusas? Conhecidas como "turritopsis nutricula", as medusas poderão conseguir com que as suas células regridam até um estado mais jovem, nunca chegando a morrer. Já há quem acredite que a vida eterna poderá estar a caminho. De acordo com a National Geographic, o ciclo da vida de uma medusa não chega ao fim, já que em vez de morrerem elas conseguem reverter as suas células vezes sem conta. A 'habilidade' faz com que as medusas possam ultrapassar a morte, tornando-as biologicamente imortais.
" Como se constata, o processo até parece simples, só que o sangue não é apenas uma tinta vermelha. 
" As directivas do Capital têm por objectivo infligir nos povos a perda de todos os direitos conquistados, sobretudo, após a segunda guerra mundial. Férias, contratos colectivos de trabalho, apoios sociais, saúde, educação, cultura, economia e soberania, acesso generalizado ao saber e à possibilidade de elevar a vida a patamares dignos e humanos, tudo é atacado de forma violenta e sem precedentes. É um ataque à dignidade das pessoas, feito por outras pessoas que cumprem orientações, que visa dobrar vontades e destruir resistências."

segunda-feira, dezembro 03, 2012

Rhapsody in blue

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Até os Deuses conspiram quando nasce uma obra prima musical, seja ela de Mozart ou de Sting.

"A música é para mim como o ar que respiro, não poderia viver sem ela " 

É desde tempos imemoriais que apreciamos, deslumbrados, o som das esferas - coisa do domínio da emoção estética, creio. 
Diz muita gente por aí que a musica que se fez e ouviu ao longo da história, é ( e será sempre ) música datada e nunca música perene. Datada pela época que a viu nascer e viveu, ou então definida pelo período da sua existência funcional. Deste modo, as épocas e os estilos musicais foram sempre sucumbindo para dar lugar a novas épocas e novos estilos, habitualmente introduzidos por gerações mais modernas. E nem a chamada grande música, ou música clássica, resistiu ao crivo do tempo e das modas por mais que tenha sido ( ou continue a ser) venerada, universalizada e intemporalmente considerada.
A música popular urbana ( que é a que me trouxe aqui ), associada a movimentos e modas culturais, só aparece após a urbanização e a industrialização da sociedade, mas rapidamente transforma-se no género musical mais icónico do século XX, escutada no dia-a-dia, presente nas festas e eleita para dançar e socializar. Recentemente, com a revolução do ciberespaço e do mundo hi-tech, que está a conduzir a humanidade para uma aceleração de tempo imparável , os ciclos que regulam o gosto musical tornaram-se mais curtos. Basta apenas a passagem de uma geração para outra para tornar obsoleta a vanguarda que até aí ditou o mainstream. Porém, o novo movimento ( a nova vanguarda ) também ele se vai cristalizar numa imagética e numa lírica totalitária que não transigirá nem contemporizará um milímetro sequer do seu eterno presente com os demais gostos musicais - quer os do passado recente, quer ( e, muito especialmente ) os do imediato futuro. É mais uma dura ortodoxia que se instala ( no meu tempo é que  era ), com os seus directores de gosto, clubes de fãs, guarda pretoriana e tudo o mais. De todo o modo, a pressão implacável que a emergente tendência musical vai imprimir ao establishment, com novas sonoridades, mitos e por vezes formas de estar, de vestir e de comunicar diferentes, enfim, quase podendo falar-se no advento de um novo contexto cultural ( para quem o vive, naturalmente), não vai deixar margem para recuos históricos - ao velho sucederá o novo, lá dizia o senhor de La Palisse. Quatro anos, mais coisa menos coisa, seria a duração ideal para o novo estilo musical se implantar e constituir-se como marca de referência nos ouvidos dos jovens. Primeiro, uma fase de incubação e posterior desabrochamento como novidade, seguindo-se depois o tempo de disseminação mais geral e maturação, e, mais tarde, a consolidação como mito urbano com o seu pico de popularidade. Por fim, ocorrerá o ocaso, inexoravelmente, e o destino para sempre traçado na voragem dos tempos, muito embora reencarne por vezes, fugazmente, em programas de carácter evocativo. 
Outros apaixonados pela arte, ao contrário, entenderão que a música, com todas as suas variantes melódicas, geográficas e epocais será para sempre eterna, não admitindo por isso que o seu poderoso arrebatamento musical possa vir um dia a desaparecer da audioteca do Mundo. A música será sempre  toda e qualquer música, e a cronologia e a legião de gostos a marca intemporal da sua versatilidade. E para que este fenómeno se perpectue, na eventualidade de aparecerem algumas redutoras resistências, ministrar-se-á um corrector pedagógico proficiente de modo a levar as ovelhinhas tresmalhadas ao redil atávico das convicções dos mestres. Com este tratamento, 
o  deficiente e deseducado gosto musical dos recalcitrantes  será apurado e refinado e a pauta completa. Tudo muito simples, como se deduz. 
Mas a música é sobretudo emoção, comoção e sentimento, pois pertence à arte das musas, como diziam os gregos, e não se compadece com teorizações e racionalizações, apesar da matemática e da lógica imperarem nas pautas e nos arranjos harmónicos e com isso influenciar a percepção auditiva. 
De facto, definir a música não é tarefa fácil, no entanto ela é considerada como uma manifestação cultural por excelência. A música é, pois, considerada uma das formas mais sublimes da expressão humana, um fenómeno natural e intuitivo que abrange toda a humanidade , não apenas no seu conjunto e geografia , mas também na pegada histórica que deixou, uma vez que existe desde que o homem começou a ouvir e a emitir sons até aos dias de hoje - Não se conhece nenhum povo, nem lugar, nem época que não possua a sua lírica. A música é, portanto, a arte e a técnica de combinar sons de forma melodiosa, transporta estados de alma, memórias e vivências fantásticas, plasmadas no espaço e no tempo. A música pode induzir à criação de padrões de comportamento e gerar mentalidades, naturalmente incorporada num espírito da época e na iconografia dominante, porque a música produz significado. Diz-se, por vezes, que o ouvinte não consegue atingir a mensagem do compositor e por isso reinterpreta o "material musical" a seu gosto produzindo outro significado. Esse significado será balizado  no próprio critério do ouvinte, que envolve não só o seu conhecimento, a sua cultura e o seu estado emocional, as suas memórias e imaginação, mas ,sobretudo, o envolvente e diáfano manto da sua espiritualidade. 
Poderíamos tentar também ordenar a música em classes, conforme o seu "valor"- erudita ou popular ; em género, de acordo com a forma como se distingue quanto à natureza da sua função social - religiosa, militar, folclórica, etc.; segundo as espécies e estilos - valsa, tango , pop urbana e rock, por exemplo; e depois , num critério ainda mais estreito, como subespécie, classificá-la, neste caso, quanto à característica ligeira que a diferencia das demais. No caso do rock, por exemplo, se ele é progressivo, sinfónico, psicadélico , etc, apesar destas categorias já terem caducado há muito. De resto, tudo isto depende dos conceitos aplicados, das concepções e abordagens feitas sobre o tema. 
Para finalizar, e no que concerne à roda hegeliana da história, as gerações mais jovens tenderão sempre a rejeitar a música e os estilos da geração que a precedeu, como os putos de hoje fazem chacota da música , não já daquela que ouviam os seus pais, porque mais afastada e arcaica, mas daquela que foi emotivamente vivida pelos jovens da faixa etária que imediatamente os precedeu, muitas vezes apenas com dois e mesmo um ano de diferença. Quer se queira ou não, toda a música, sem excepção,  continuará a ser sempre  ( e neste contexto, sim ) a  grande Música, muito embora a existência destes ciclos sem fim de ressurreição e morte, de aparente diferença de sonoridades, estilos e gostos.