segunda-feira, setembro 28, 2015

Sondagens

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As sondagens, tal como as pragas bíblicas, tombaram este ano de tal forma sobre a cabeça dos portugueses que não há cão nem gato ( falando dos mídia, naturalmente ), que não se aventure a mandar realizá-las e a publicá-las com hipócrita satisfação - uma fartura!
Que estranho hobby este que estalou de forma tão acutilante nesta campanha eleitoral, já que tal empreendimento implica custos acrescidos para os orçamentos sempre magros  dos patrões da comunicação social - porque será? Elas são para todos os gostos e paladares, ao dia, à semana ou ao mês, mais assim ou mais assado, como der mais jeito a quem afinal lhe aprouver. E não é que o resultado já está garantido! De acordo com algumas fontes bem informadas, parece que as eleições legislativas já não se vão realizar no dia 4 de Outubro, porque, espectacularmente, as sondagens já encontraram o vencedor ( bem destacado, por sinal ), a coligação PSD-CDS/PP : PAF.

domingo, setembro 27, 2015

Desprendimento político

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IRS premeia dois milhões de portugueses

O Governo anunciou que a sobretaxa de IRS vai passar, já em Janeiro, dos 3,5 para 2,3%, cumprindo assim a promessa que tinha feito de fazer este reembolso a mais de dois milhões de contribuíntes, se acaso continuar a merecer a confiança deles. Mas veremos se assim será. Depois do dia das eleições, no caso de vitória, logo se vê se esta coligação terá ou não o apoio no parlamento suficiente para aprovar as suas medidas políticas. De todo o modo, e apenas a uma escassa semana do pleito eleitoral, em que agora promete tudo e mais alguma coisa, mesmo que seja para as calendas gregas, como neste caso, este é o Passos Coelho que disse categoricamente há uns tempos atrás que se estava nas tintas para as eleições legislativas, querendo com isso dizer que continuaria a cortar a eito mesmo que isso implicasse uma derrota nas urnas.
Como o tempo passa!

sexta-feira, setembro 25, 2015

Um orgulho poluído

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A trafulhice foi feita à socapa , como convém. O maior vendedor de carros do mundo, uma referência de respeitabilidade na indústria, não resistiu a praticar uma fraude gigantesca.
Diz-se que o mundo se divide entre os bons, de boas contas, sérios, institucionalmente à prova de bala, e os maus que fazem batota, como os países do sul da Europa, que parecem querer viver à custa dos países ricos do norte, usando, para o efeito, de todos os meios e estratagemas para conseguir obter vantagens e sinecuras. 
Todavia, não se pode comparar uma cabeleireira e um massagista grego que se candidatam à reforma aos 53 anos, por assim estar consignado nas suas leis de trabalho, e o negócio fraudulento de milhares de milhões de euros praticado pelo ex-líbris da indústria automóvel alemã, com repercussões ainda não mensuráveis na pegada ecológica.

segunda-feira, setembro 21, 2015

Tecnologia Zen

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Para viver de forma singela , naturalmente, como na natureza, um padrão simples e arcaico de comportamento serve perfeitamente, mas para meta-ontologizar ( passe o pleonasmo ) não é o mais adequado. Todavia, um padrão simples de comportamento chegará aonde poderá chegar toda a mais sofisticada e imaginada tecnologia . Ou melhor, no final, na última fronteira de todos os tempos, a tecnologia foi o caminho encontrado, aturado e tortuoso para chegar a atingir um padrão simples de comportamento, ou seja: o nada - Zen.

Mitómanos

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Mentir apenas pelo prazer de mentir é doentio, e se a tendência se agrava, facilmente se passa para o estádio seguinte que é a mitomania: o acto de mentir compulsivamente. Nesta fase, o mentiroso já está no domínio da ficção pura e dura onde a realidade estará sempre a ser reescrita  por ele, mesmo que a mentira tenha começado por ser apenas uma simples estratégia de manipulação para enganar alguém e conseguir alcançar algum objectivo .
A ideia de que vale a pena mentir porque os outros são facilmente ludibriados, às vezes tem custos. Pode não ser no imediato, e as pessoas , geralmente, até têm tendência para esquecer, mas mais tarde ou mais cedo o mentiroso é apanhado. Tal como diz o velho ditado:" a mentira tem perna curta", não é? 
Apesar dos casos não serem frequentes, os mentirosos compulsivos andam por aí. Não se esqueça.

quinta-feira, setembro 17, 2015

O propósito

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Eu posso ser obviamente o demiurgo do meu próprio universo. Quando acabar, tudo acabou. E não é assim?

Se fosse possível alcançar um mundo ideal onde o êxtase fosse a pedra angular da vida e a sua constante permanência uma garantia  ad aeternum , sem interferência alguma de quaisquer espécie, para que serviria então o encontro com o absoluto e a verdade?  Porquê esta necessidade extrema de pensar o propósito e o significado para quem habitaria, neste caso, a perfeição? A inquietação constante de que padecemos faria ,assim, algum sentido? Afinal, não é isso que queremos quando tentamos por todos os caminhos procurar a divindade, como diria S. Agostinho por outras palavras? Ou é algo muito mais complexo e intrincado do que tudo isto, algo muito mais extraordinário e total que a lógica cognitiva nem consegue abarcar e que estará para lá de toda a espiritualidade mais arrojada e inventiva ?

terça-feira, setembro 15, 2015

O medo

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A única coisa que Passos Coelho e Portas têm para oferecer nesta campanha eleitoral aos  portugueses é um inferno de medo, um filme negro a lembrar aqueles que se exibiam no passado da série B.  Como estão verdadeiramente obsecados em exercer sobre todos nós, sobretudo sobre os mais incautos ( e são muitos, infelizmente ), um verdadeiro tratado de terrorismo psicologico, para nos apavorar, e com isso levar-nos a votar novamente neles, parece que perderam todas as estribeiras e entraram definitivamente no jogo do vale tudo menos tirar olhos: a mentira é desbragada  e a hipocrisia sem limites, a canalhice, a mais abjecta, e a infâmia, a mais atróz. Enfim, todo a farsa do mundo para servir os interesses do grande Capital, os interesses de quem eles verdadeiramente dependem e defendem, que não os do povo português, como cinicamente propagadeiam. Para além de terem praticamente toda a comunicação social a seu favor ( os homens do dinheiro ) - TV, rádio, jornais e redes sociais, comentadores aos magotes, e todo o tempo do mundo para fabricarem a toda a hora e a todo o instante todo o tipo de manipulação contra o único partido que lhes poderá fazer frente, o Partido Socialista - ainda contam com a ajuda inestimável do pior Presidente da República da história da democracia portuguesa e da influência sempre indispensável , umas vezes de forma velada, outras vezes de forma explicita, das instâncias europeias, do FMI, dos mercados e das agências de ratting, enfim , do mundo Financeiro em todo o seu explendor.

Agora vou dar alguns exemplos recentes da hipocrisia deste bando de delinquentes. 
Aqui vai:

alguém saberá dizer por que razão uma televisão pública, que deve estar ao serviço dos interesses de todos os portugueses ( e não só de alguns ), criou ontem uma rábula no programa " Prós e Contras", sob o título " Alguém acredita que se o partido socialista estivesse no governo haveria um primeiro-ministro sob investigação?", unicamente para prejudicar e achincalhar o Partido Socialista com a questão Sócrates? Eu bem sei que que cabe ao director de informação definir programas e conteúdos, mas não tornemos as coisas mais risíveis do que aquilo que elas são. É claro, como água, que esta foi mais uma encomenda do senhor do governo que tutela a estação;

outro exemplo: como pode o Dr. portas , ao arrepio da modernidade e das conquistas que as mulheres alcançaram , nomeadamente no campo dos direitos, das liberdades e da sua independência, querer encurralar novamente as mulheres dentro de casa ( a célebre fada do lar ), como se fossem seres de segunda, quando afirma convicta e categoricamente que "  As mulheres sabem que têm de organizar a casa e pagar as contas a dias certos, pensar nos mais velhos e cuidar dos mais novos", como se a gestão destas tarefas não coubessem aos dois sexos?

E o crescimento, que o Governo faz tanta questão de apresentar  como resultado das suas políticas? Terá sido assim mesmo, como alegam, ou foi conseguido muito à custa do consumo interno por interferência directa do Tribunal Constitucional que fez novamente aumentar o rendimento das famílias e não ao contrário como preconizava o Governo? E tudo isto sem falar na queda do preço do petróleo e das taxas de juro. 
Fiquemos por aqui.
O povo sabe rezar a Santa Bárbara quando troveja, mas agora a borrasca é de tal forma grande que apenas uma intervenção divina poderá salvar estes salafrários.

sexta-feira, setembro 11, 2015

Pinóquio

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A mentira como método, diz  João Galamba, é o truque que Passos Coelho arranjou, mais uma vez, para tentar enganar e condicionar o povo , levando-o assim à certa no dia das eleições. Passos mente e mente descaradamente. E fá-lo com tal desfaçatez, que até pede meças ao mais pintado.
Vejamos:
Passos mente, quando nega que já acordou com Bruxelas um corte de seiscentos milhões nas pensões; 
mente, também, quando quer exorcizar a Troika pelos males que infligiu aos portugueses, como se ele não tivesse sido das primeiras pessoas a regozijar-se e a exultar com a sua vinda, alegando mesmo que aquele era o seu programa, e que pretendia mesmo ir além das metas propostas pelo Memorando; 
mente,  por exemplo, quando afirma que Portugal está com um bom índice de crescimento, quando todos sabemos que este, apesar de anémico, foi muito alcançado à custa do consumo interno, e que apenas se deveu à corajosa intervenção do Tribunal Constitucional que obrigou o Governo a devolver os cortes das pensões e dos salários da Função Pública; 
mente, ainda, quando nos quer fazer crer que foi devido às suas políticas que as taxas de juro baixaram e não em razão da intervenção do BCE que pôs termo à crise das dívidas soberanas e ao fim dos juros altos com que os mercados estavam a estrangular os países intervencionados;
mente, também, quando diz que as privatizações eram necessárias para ajudar a baixar a dívida pública quando, na verdade, ela aumentou mais de 30 pontos percentuais;
mente, ainda, de forma descarada, quando nos quer convencer que o desemprego baixou, quando na verdade as estatísticas que ele menciona estão todas aldrabadas ( e ele sabe que estão ), porque não conta com os quase meio milhão de portugueses que emigraram, com os mais duzentos mil trabalhadores que deixaram de procurar activamente emprego, porque não o encontram, e com os mais de cento e cinquenta mil estágios que o Governo arranjou para forjar os números das estatísticas. De facto, toda esta gente saiu das listas das estatísticas como se tivessem encontrado emprego. Mas tal como aponta o FMI, o desemprego real em Portugal ronda hoje os 20% e não os 11,4% que Passos nos quer impingir. 
Enfim, podíamos levar o dia todo a desfiar o rosário de mentiras de Passos Coelho, mas não vale a pena, basta tão-só lembrar as promessas que ele fez na campanha eleitoral de 2011 para ficar tudo esclarecido.
Agora, depende novamente dos portugueses quererem ou não embarcar outra vez no conto do vigário.

domingo, setembro 06, 2015

É bom e higiénico voltar a lembrar

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É preciso não esquecer, mesmo que a memória nos queira atraiçoar, que a fome, a miséria e a pobreza que se instalou em Portugal nestes últimos quatro anos tem um rosto responsável. Por isso, é preciso e urgente não esquecer o que aconteceu, mesmo que as sereias continuem a tentar enganar-nos com o seu venenoso embalar.

sábado, setembro 05, 2015

A cara da selecção

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" Viste o jogo da selecção ?"
" Vi."
" E, então, que aspecto teve o jogo que apresentámos?"
" Não mudámos de feição. A cara é sempre a mesma, triste, sorumbática      e com muito sofrimento."

Egocentristas

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Os agrupamentos da chamada esquerda revolucionária, por aquilo que temos assistido até hoje, continuam lamentavelmente a perseguir o sonho egocêntrico dos seus líderes e mentores, e pouco mais.
Subtraia-se o palco e os holofotes mediáticos a estes egomaníacos, e pouco mais restará do que o grau zero de preocupações sociais e sentido de justiça, ou até qualquer sombra de combate político. A sentirem alguma motivação ou estímulo para fazer seja o que for, por exemplo, para participar nalgum projecto de âmbito social ou político, apenas através do espelho narcísico  das suas pavoneantes exibições. Uma feira de vaidades, é o que tudo isto é.