A criação de Deus
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Tecidos cerebrais 'in vitro' podem guardar certas memórias
Uma investigação americana permitiu entender melhor a base das memórias de curto prazo. Os cientistas conseguiram criar padrões de actividade em células cerebrais 'in vitro', ou seja, em laboratório. Foi possível armazenar informação nesses tecidos por dez segundos. A descoberta abre caminho à compreensão da epilepsia e da doença de Alzheimer.
Cientistas americanos da Universidade de Case Western Reserve conseguiram manter padrões sustentados de actividade em tecidos cerebrais mantidos in vitro, ou seja, em laboratório. A descoberta terá implicações no futuro estudo da memória e das suas propriedades. Provavelmente, também no combate à epilepsia e à doença de Alzheimer. Apesar de tudo, a experiência evoca histórias da imaginação (geralmente distopias) sobre a separação entre cérebros e os respectivos corpos ou de ideias especulativas sobre a consciência humana.
A equipa, liderada por Ben Strowbridge, estava a estudar um certo tipo de neurónios, as células Mossy, que existem no Hipocampo, uma pequena zona no interior do cérebro geralmente associada à memória de longo prazo. Estas células (no caso, retiradas a ratos) conseguem manter-se activas em lâminas de tecidos cerebrais e estão danificadas em doentes com epilepsia. Quando nestes tecidos foram colocados minúsculos eléctrodos, a actividade espontânea das células mostrou que estas se lembravam qual dos eléctrodos tinha sido usado anteriormente. Segundo os cientistas, as memórias duravam dez segundos, o mesmo que duram as memórias de curto prazo nos humanos.
Segundo Stowbridge, "a memória não era evidente numa única célula, mas numa população de células". O cientista explicou que, tal como acontece com as pessoas, as lembranças criadas em fatias de tecido cerebral tinham sido armazenadas em diferentes neurónios".
A complexidade da investigação exigiu quatro anos de trabalho e a base desta descoberta foi um estudo anterior, publicado em 2007 pela mesma equipa, que na altura elucidou a importância de um outro tipo raro de neurónio.
Esta investigação diz respeito apenas a uma das diferentes formas de memória, aquela a que os neurocientistas chamam a memória de trabalho, que geralmente dura dez segundos e que se dissipa para sempre. Nos humanos, há dois outros tipos de memórias, aquela que permite acumular factos (chamada declarativa) e outra que se concentra na aprendizagem de processos complexos, que envolvem várias etapas .(...)
Quando se fala em valores civilizacionais ou societais, à margem das religiões, como a moral naturalista, que se teria transformado numa ética social, consubstanciada na lei, que julga e castiga para o bem da comunidade; e quando se quer fazer crer que realidades metapolíticas e metassociais, como o Humanismo e o Personalismo, por exemplo, são o resultado da história gloriosa da humanidade,porque o homem é um ser bom e generoso, convem ter bem presente que tudo isto foram estratagemas peregrinos e rutilantes conceitos engendrados pelo "animal" para minimizar a tragédia que seria se os seus instintos continuassem ainda andar por aí selvaticamente à solta.
A necessidade urgente dos instintos, traduzida na vontade imediata e egoísta sentida pelo homem , foi ao longo do complexo processo de humanização dando lugar a estratégias de cedência e de compromisso que culminaram no " contrato " e, mais tarde, por extensão, no estabelecimento da ordem política e jurídica de todo o tecido humano -a institucionalização dos direitos do homem, a abolição da pena de morte, a oficialização do casamento, a democracia, a tolerância entre culturas e credos e posições políticas e ideológicas, entre outros, não passam de meros subprodutos da especialização fantástica dos instintos.
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