Quem não mata, morre.
“Tourada”
Não importa sol ou sombra
camarotes ou barreiras
toureamos ombro a ombro
as feras.
Ninguém nos leva ao engano
toureamos mano a mano
só nos podem causar dano
espera.
Entram guizos chocas e capotes
e mantilhas pretas
entram espadas chifres e derrotes
e alguns poetas
entram bravos cravos e dichotes
porque tudo o mais
são tretas.
... ... ...
Salvo raras e honrosas excepções, a maior parte dos nossos estimados treinadores contribuiram e continuam ainda hoje a contribuir para tornar o nosso futebol pouco atrativo, deselegante, defensivo E tragicamente inoperante . Poder-se-ia dizer que os treinadores portugueses, ao contrário, por exemplo,da maioria dos treinadores holandeses ( e agora também dos argentinos e dos espanhóis ), que aplicam o chamado futebol total, permanentemente ofensivo, repleto de técnica, criatividade e alegria, passam a vida inteira a aplicar uma filosofia de jogo que apenas confirma o pressuposto enunciado na tese do pensador José Gil quando afirma que o português é ontologicamente medroso - Basta observar atentamente as equipas portuguesas a jogar para
constatar de imediato a veracidade desta asserção: uma estratégia de retenção e lateralização permanente da bola ( quando nos deixam fazer isso ),empreendida no nosso meio-campo e reduto defensivo, que parece transmitir a falsa ideia de estarmos a dominar o adversário como se fossemos os melhores do mundo. Às vezes, até conseguimos lançar uns rápidos contra-ataques sobre o adversário, mas imediatamente regressamos a correr para a nossa casinha aterrorizados com a possibilidade de podermos vir a sofrer algum inoportuno golo . Por outro lado, e relativamente ao resultado desejado, adoptamos sempre uma estratégia em campo muito temerosa que nos leva a estar sempre com receio de perdermos a magra vantagem que ás vezes até conseguimos sobre o nosso adversário - Quer seja um resultado afortunadamente obtido à justa, quer seja na manutenção de um reconfortante empate que, por certo, dará sempre a garantia de algum futuro.
Somos pequeninos,na verdade,ou querem que acreditemos nisso .
Medo, muito medo, sempre.
0 Comments:
Enviar um comentário
<< Home