quarta-feira, novembro 02, 2011

A Grécia

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Quando os líderes políticos gregos se aperceberam que estavam encurralados entre a vontade do povo , manifestada exuberantemente nas ruas ( e também, ao que parece, nos quartéis, com a possibilidade muito forte de um pronunciamento militar ) , e o garrote financeiro imposto pelo FMI ,o Banco Central Europeu e a ( des ) União Europeia, decidiram convocar um referendo. Esta decisão , que está a colocar a Europa , os Mercados , o Mundo e, sobretudo , o grande Capital num terrível sobressalto, visa acima de tudo, face ao caos instalado no País, que se tornou praticamente ingovernável, legitimar a acção política, deixando justamente nas mãos do povo o destino a dar à Nação.
Mas este acontecimento , somado às grandes manifestações de indignação que por todo o mundo ( Ocidental ) grassam contra um Liberalismo cruel que gera desigualdades gritantes na distribuição da riqueza e , por consequência, a miséria de milhões de seres humanos, está , mais uma vez , a ser vigiado e controlado pelos senhores do Capital. Os donos do Mundo , com os seus incontáveis gabinetes de peritos, mercenários, polícias e capatazes , formados e arregimentados na orla da pobreza para resolver todos os problemas que atentem contra os seus interesses, já possuem com certeza a solução para aplacar a ira dos escravos.
Dizia Sólon, na pré-história da Polis, que a política não era mais do que a luta entre o rico e o pobre, sendo que este , como ser deserdado que é, facilmente seria vencido e manietado por não possuir as mesmas armas que as do suserano. E quando uma vez isso aconteceu ( revolução Bolchevique de 1917 com a implantação do regime Soviético ) , o resultado ficou à vista de toda a gente: a natureza humana não deixou . Como a História testemunha, aos Czares da Rússia e aos Mandarins da China sucedeu, após grande sucesso revolucionário, uma nova elite, dita do proletariado , que veio mais uma vez confirmar a natureza insana do homem e submeter novamente os povos ao seu iníquo jugo.


"Na era da Semiótica , em que as imagens são tudo, è prudente dar-se atenção aos sinais."