sábado, outubro 30, 2010

Orçamento do Estado e Globalização

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"As estudantes da universidade chinesa de Shanxi não só aprendem Matemática, Literatura e Filosofia, como também se vêem obrigadas a aprender a urinar de pé. É uma questão de economia mais que de igualdade sexual. As autoridades universitárias asseguram que se as adolescentes fizerem as suas necessidades sem se sentar, evitam o esbanjamento de 160 mil litros de água por dia " - Uma economia considerável no consumo de água ,para além da economia de espaço utilizado, dos materiais de apoio e, sobretudo, do encorajamento sempre necessário para o trabalho de equipa que esta inovação impõe.




"A China, o País mais populoso do planeta e uma das potências emergentes à escala mundial, vem realizando desde os anos 1970 uma acelerada liberalização da sua economia. Aproveitando a abertura dos mercados mundiais, proporcionada pela globalização económica , a China mais do que quintuplicou a sua produção anual em menos de 20 anos, representando actualmente 12% do PIB mundial (com 20% da população). Com um crescimento centrado nas exportações (8% do total mundial) e uma elevadíssima taxa de poupança interna (na ordem dos 50% do PIB), a economia chinesa acumulou sucessivos e volumosos excedentes na balança de transacções correntes com o exterior, amealhando reservas cambiais que deverão rondar os 5% do PIB mundial ". Mas este feito, por muito significativo que seja, já que até à bem pouco tempo a China era maioritariamente um país rural, com pouca importância no contexto das nações mais
desenvolvidas, tem o seu reverso; um reverso que ela própria não quer reconhecer mas em que assenta toda a matriz do seu desenvolvimento : a conjugação de uma ditadura de partido com os ditames do Capital - O reverso da globalização é muitas vezes e infelizmente a violação dos direitos humanos, a degradação das condições de vida dos trabalhadores, a exploração do trabalho escravo (nomeadamente o trabalho infantil e o das mulheres ), a jornada de Trabalho com uma carga horária brutalizada, sete a "oito" dias por semana, legislação laboral inexistente, mão-de- obra barata , excedentária e sempre disponível, etc.

É por tudo isto que estamos a pagar, e pelos erros políticos que evidentemente cometemos até hoje ; a pagar uma factura elevada que revela cruamente as nossas limitações e dificuldades, e que bem patente está no Orçamento de misericórdia que vai ser aprovado