quarta-feira, março 07, 2012

Higgs - Ilusão


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Foi noticiado por estes dias que o Tevatron ( um acelerador de partículas a funcionar no Fermilab em Chicago ) tinha conseguido, à semelhança daquilo que aconteceu com o seu homólogo europeu ( no Cern ), detectar os vestígios de uma partícula com uma energia entre os 115 e 135 electrões-volt que , provavelmente, será o bosão de Higgs.
Não obstante o facto de este acelerador ter deixado de funcionar por falta de verbas no verão passado , parte dos dados que entretanto estavam a ser coligidos de experiências anteriormente feitas foram agora divulgados , confirmando assim que o homem está mais perto de encontrar a famosa partícula de Deus
( ... )Pensem com cuidado sobre isto.
Quando me desloco daqui para ali , o meu substrato invisível permanece quieto, porque no nível quântico o campo apenas se agita e vibra - não altera a sua posição de "A" para "B". Eu nasço, envelheço e morro - estes são acontecimentos de relevante significado para o meu corpo e para a minha mente, ainda que a nível quântico nada exista que nasça, envelheça e morra. Nada disto se passa com o velho fotão. Podemos encontrar algumas pistas para este enigma num objecto de uso comum, um aparelho de televisão. Quando observas alguém num ecrã da televisão a caminhar da esquerda para a direita , o teu cérebro regista uma impressão falsa. Nada naquele ecrã , nem um simples electrão, na verdade, se mexeu da esquerda para a direita. Com uma lente de aumentar poderás ver que a única actividade que se desenrola é o piscar da fosforescência na superfície do tubo de raios catódicos. Se a fosforescência "A" se encontra à esquerda da fosforescência "B" esta acende-se, podendo ser medido o tempo que está acesa tal como o tempo que demora a apagar-se. O mesmo acontece quando nos parece que algo está em movimento, quando as luzes de uma árvore de Natal ao acenderem e apagarem nos sugerem que estão a descrever círculos em volta dela.
Utilizemos agora o truque connosco próprios. Quando me levanto da cadeira onde estou sentado e caminho pela sala, o meu corpo parece estar em movimento, mas na verdade no nível quântico nada disso está a acontecer. Ao contrário, uma série de partículas virtuais está a piscar para criar a ilusão do movimento. Isto é tão importante que me permito dar mais alguns exemplos. Tomemos uma praia onde as ondas se quebram na areia. Se entrares na água e nela colocares uma rolha de cortiça, os teus sentidos dizem-te que ela será levada para longe pelas ondas - mas isso não sucede. A rolha permanece no mesmo lugar, subindo e descendo ao ritmo das ondas, tal como acontece com a água. É sempre a mesma água que chega até à areia, e não uma outra água trazida de quilómetros de distância. O movimento das ondas ocorre somente ao nível da energia, criando a ilusão de que a água cada vez se aproxima mais da areia.
Para um físico quântico, os nossos corpos são somente objectos, como quaisquer outros. Uma bola que é lançada de uma ponta a outra de uma sala não se movimenta, apenas acontece o acender e apagar da sua existência a uma velocidade incrivelmente alta em diferentes localizações , e nós não somos diferentes. Mas aqui chegados o mistério adensa-se. Quando a bola desaparece durante uns milésimos milionésimos de segundo, para reaparecer somente um pouco mais para a direita ou para a esquerda, porque será que se não desintegra? Apesar de tudo, por um momento está absolutamente ausente, e não existe razão para que a sua primitiva forma , tamanho e cor simplesmente não se dissolvam. Os físicos quânticos podem até calcular as razões por que ela não reaparecerá, porque em vez de uma bola lançada na sala não surja de repente um bolo . O que mantém as coisas inteiras?
Estamos , portanto, perante uma grande ilusão.(...)