sexta-feira, outubro 26, 2012

Os zombies defuntos portugueses

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A notícia era esta:
"O presidente da Associação Nacional de Empresas  Lutuosas (ANEL), Carlos Almeida, disse à Lusa que o sector das agências funerárias  não escapa ao impacto das medidas de austeridade devido aos menores rendimentos  das famílias." 

Já era de esperar, com esta inusitada tendência e adoração do nosso amantíssimo Governo para cortar tudo a esmo, era natural que, mais dia menos dia , também o sector das funerárias se visse a braços com um problemazão : a ausência de encomendas - e não é por falta de óbitos. Pelo contrário. Com as medidas de genocídio que têm sido tomadas , nomeadamente no campo da saúde, com certeza que encomendas não faltariam. Mas a verdade é que as famílias dos defuntos portugueses, depauperadas como estão pelo esbulho do senhor dos Passos e sem meios absolutamente nenhuns para cumprir os requisitos mínimos de uma cerimónia fúnebre simples e digna, em conversas com o além, conseguem persuadir os seus mortos a  deslocarem-se pelos seus próprios "meios" até à última morada
A família agradece o gesto do seu ente ido e, num cortejo digno da mais tétrica estética hollywoodesca,  acompanham o zombie até ao buraco onde este se vai deitar para sempre.