domingo, março 18, 2012

Exploração

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(...)Matamo-nos a trabalhar para eles. Quem lhes deu o mundo que têm? Nós, que nos esfarrapamos a trabalhar, ano após ano, filho após pai, dia após noite, ao frio, ao vento , à chuva ou ao sol de estoirar, para fazer a riqueza destas bestas! Olhem só o que recebemos em troca! Em que pocilga vivemos! E nem isso nos pertence, nada nos pertence! É tudo deles - roupas, sapatos, comida, casa e lar, corpo e alma.(...)
Uma informação recente do Eurostat dava conta de uma queda record nos salários em Portugal, na Irlanda e na Eslovénia. Se o custo do trabalho nestes países diminuiu significativamente ( o mesmo é dizer que os trabalhadores estão a voltar aos salários de miséria ), quem será que está a ganhar verdadeiramente com isto?
Há muito que se percebeu que os programas ditos de austeridade que estão a ser aplicados para combater a crise não passam, afinal, de um mero pretexto para o Capital explorar ainda mais o Trabalho . É preciso trabalhar mais e receber menos. Mas é claro que os poderes não deixarão hipocritamente de invocar a Ética e os valores humanos - as políticas que estão a aplicar (naturalmente) são para bem do povo.
Como seria bom que os trabalhadores se consciencializassem de uma vez por todas da enorme prerrogativa ( revolution) que se lhes assiste no estabelecimento do valor do seu trabalho. Porque o problema é unicamente este: não há nenhum critério científico que permita distinguir na produção a parte dos lucros e a parte dos salários. Existe apenas a insana natureza do homem, cujas consequências, através da força, da violência e do poder, vai gerar os necessários desequilíbrios na distribuição da riqueza, produzindo assim o longo cortejo de desigualdades, miséria, doença e morte.