quinta-feira, novembro 29, 2012

A inevitabilidade da Constituição, golpe de Estado ou revolução ?

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Parece que o Governo poderá ter de enfrentar a muito curto prazo um dramático trilema: ou arrepia caminho e muda generosamente de política,  acabando mesmo por se demitir, que seria o gesto mais inteligente que poderia tomar, ou, de forma mais traumatica ,  a besta negra de um golpe de estado fasciszante ou a irresponsabilidade anárquica de movimentos violentos farão com que isso aconteça.
É que os avisos sucedem-se, agora ainda mais veementes do que nunca com a aprovação do orçamento para 2013, vindos até das mais insuspeitadas latitudes, mas ninguém os ouve. Depois queixem-se. Novamente.
"Os regimes em Portugal caem sem aviso prévio, sem que ninguém os defenda ou ampare.Foi assim em 1820,em 1910,em1926,em 1974"  e ...
Não sei se  já notaram, mas estão novamente a abrir a caixa de Pandora. Mesmo aquelas  pessoas que votaram no projecto do partido vencedor, quer por militância ou por simpatia política, nunca esperaram chegar a este estado de sítio: assistir à muito provável desintegração do seu partido e à destruição do País. " É que as pessoas não gostam de perceber como as suas vidas dependem do acaso, isso embaraça-as. Foi uma luta tremenda que o homem empreendeu, desde que se emancipou da natureza, para dar significado e horizonte à sua vida, não deixando, de todo, que o caos e a aleatoriedade se instalasse novamente nos seus destinos." E, em boa verdade, foi isso que aconteceu: votaram numa coisa  e saiu-lhes outra. Naturalmente que se pode reconhecer, pedagogicamente, que sempre foi assim, que as forças políticas em campanha oferecem a terra e o céu para depois, já no exercício do poder, castigarem-nos com o inferno. Mas penso que desta vez até o diabo se assustou.
Quanto à União Europeia e à continuação do seu projecto, tendo em conta o "milagre" que se adivinha nos países  do Sul, com destaque dramático para  os casos grego e português, facilmente  se deduz que a coisa está preta. E quanto a isso , não deixaria de lembrar o que disse avisadamente alguém  sobre a Alemanha, apesar dos ventos da história    serem outros :
"É preciso andar com muito cuidado nas ruas de Berlim. Sem pensar, o caminhante pode tropeçar no telhado de alguém. O asfalto é apenas uma crosta fina que cobre os ossos humanos. Estrelas amarelas, suásticas negras, foices e martelos vermelhos estalam como baratas debaixo dos pés." 
Quer se queira ou não, parece que Berlim continua a ser a fornalha de todos os incêndios. Oxalá me engane.