segunda-feira, maio 27, 2013

A festa

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António Passos Coelho, pai do actual primeiro-ministro, disse na entrevista que deu ao jornal " I "  que nunca quis que o filho fosse para o Governo, e admitiu mesmo que o filho, actualmente, também está morto por se ver livre "daquilo". Não entendendo ele, presumo eu, que  o povo até rejubilaria se ele viesse a tomar essa decisão. Rematou depois a conversa com um desejo fremente, o desejo da família fazer-lhe uma festa no dia em que ele se vier embora.
Então , vai fazer uma festa?!... Vai fazer uma festa depois de ter feito fria e conscientemente o funeral a milhões de portugueses?
Mas creio não ser essa a vontade do 1º Ministro,  já que ele afirmou recentemente que ficará no poleiro mesmo se perder as eleições autárquicas - haverá ainda muita " coisa..." para fazer antes de se ir embora, com certeza.  E depois o ego, aquele ego enorme que  lhe enche a peitaça , como é que ficaria depois?...

Longe vão os tempos em que o então candidato a primeiro-ministro afirmava: "Espero nunca dizer ao País, ingenuamente, que não conhecíamos a situação;
Longe vão os tempos em que o então candidato a primeiro-ministro afirmava que "cortar o décimo terceiro mês é um disparate";
Longe vão os tempos em que o então candidato a primeiro-ministro afirmava que "se vier a ser necessário ainda algum ajustamento fiscal, a minha garantia é a de que ele será canalizado para os impostos sobre o consumo e não para os impostos sobre os rendimentos das pessoas";
Longe vão os tempos em que o então candidato a primeiro-ministro afirmava que "posso garantir-vos que não será necessário em Portugal cortar mais salários nem despedir gente para poder cumprir um programa de saneamento financeiro no Estado";
Longe vão os tempos em que o então candidato a primeiro-ministro afirmava que era "absolutamente falso" que quisesse acabar com o IVA intermédio para a restauração";
Longe vão os tempos em que o então candidato a primeiro-ministro afirmava que "a carga fiscal que está definida é mais do que necessária e não precisamos de ir mais longe";
Longe vão os tempos em que o então candidato a primeiro-ministro afirmava que "Não olhamos para as classes com rendimentos de mil e poucos euros dizendo 'aqui estão os ricos de Portugal e eles que paguem a crise'";
Longe vão os tempos em que o então candidato a primeiro-ministro afirmava que não estava em causa a constituição nem  o Estado social e, muito menos, a escola pública ou os sistemas de protecção social.

Um rol impressionante de compromissos quebrados e promessas falhadas, um rol de mentiras e de intenções nunca confessadas. Afinal,as célebres gorduras de que tanto falava eram, isso sim, a Saúde, a Educação, os funcionários  públicos e os reformados e pensionistas. 
Afinal, a reforma do Estado, era uma espécie de revisão clandestina da Constituição;
Afinal, aquilo que ele pretendia fazer do Estado, era um Estado mínimo e indiferente aos cidadãos; 
Afinal, aquilo que ele pretendia fazer do Estado, era vender as suas empresas estratégicas  a retalho ;
Afinal, O país que foi intervencionado porque falhava todas as previsões do défice e não parava de aumentar a sua divida, mesmo depois da intervenção, não consegue controlar o défice nem a divida do Estado;
Afinal, ao que parece, o País até pode mergulhar na bancarrota da sua existência fundamental, apenas a  um passo de uma grave convulsão social.  Vai à Merkal, Passos.

Eles tiram o pão da boca dos nossos filhos, mesmo à nossa frente; eles roubam e vigarizam descaradamente; eles exploram e espezinham tudo, passando por cima do povo como um rolo compressor. E nós , cordeiros de Deus, deixamos que tudo isto se faça sem um queixume, sem uma nota de indignação sequer que se preze (as manifestações e as concentrações são na generalidade exercícios cívicos sem consequências. Praticamente nunca dão em nada. São até garantia de que o Governo acata escrupulosamente os direito consagrados na constituição - que o diga Belmiro que até lhes chama Carnaval). 
Estes malandros sabem tudo isto e muito mais, que nós nem sequer imaginamos. E é por isso que eles fazem o que querem e também porque sabem estar defendidos sempre por uma guarda pretoriana , uma fauna que foi aliciada nas nossa fileiras e que se vendeu por um prato de lentilhas: Uma corja que nos sevícia e controla ao serviço dos mandarins . Porque sem eles, o poder que nos esmaga ruiria .
O homem sempre se regulou assim em sociedade, a lei do mais forte sempre prevaleceu e imperou sobre o mais fraco, cabe-nos a nós, explorados deste mundo,  dar a volta a tudo isto. Em última análise ( e porque não, até é mesmo assim ) teremos de ser neodarwinistas de esquerda, assumidamente - foi assim à 100 anos quando destituímos os Czares na Rússia, foi assim quando mandámos os mandarins da China dar uma volta ao bilhar grande, e também foi assim que chutámos o Flugèncio Baptista de cuba. E será também sempre assim e em todos os lugares do mundo onde campear a opressão que teremos de fazer para tomar o poder nas nossas mãos. A Revolução é permanente e agora. 
É que esta gentalha sabe-la toda. Vêm com a treta da democracia, para nos explorarem ainda mais, e ainda por cima " legitimamente " ; vêm com uma série de papões para nos amedontrar, para confiarmos em instituições que, afinal, apenas nos sabem roubar. Não nos podemos deixar manipular, não nos podemos deixar alienar, o futuro estará sempre nas nossas mãos, e para que isso aconteça, basta apenas querer, organizarmo-nos e lutar por esse objectivo. Até porque já nada temos a perder. Nunca houve tanto desemprego, tanta pobreza, tanta miséria e tanto desespero nas pessoas. Este Governo tem de cair  pois está a  arruinar o país.