quarta-feira, junho 11, 2014

Eu é que sou o Presidente da Junta

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Sendo formalmente o secretário-geral do Partido Socialista, António José 
Seguro não é, apesar de todas as aparências, o seu dono. E não  o sendo, deverá por isso morigerar  os seus hábitos para não cair lamentavelmente no ridículo. Não há dúvida alguma que os dois maiores partidos políticos portugueses enfermam hoje de uma patológica adolescenciatite(?) aguda, porque os seus líderes, por mais que queiram dar-se ares de gente com nível, robusta politicamente e com currículo, não conseguem esconder a sua aparelhesta(?) origem. Ou seja, se até há algum tempo atrás se pensava que os alfobres partidários estavam pedagogicamente a formar verdadeiros artistas da política, por forma a dotar o País de estadistas capazes e responsáveis para o levar para a frente, hoje, infelizmente, e como se constata pelo resultado evidenciado na últimas eleições, já não é assim, ficámos tragicamente vacinados. E parece que os portugueses não querem ver a dose repetida com outra cor.  

Por outro lado, e pensando maduramente no candidato que se perfila já no horizonte do poder socialista, quando não como provável Primeiro Ministro,  sou obrigado a interrogar-me sobre os seus verdadeiros propósitos e filiação ideológica. Muito embora esteja respaldado no aval dos fundadores ( entre outros ), admitindo com isso que é sua intenção desfraldar a velha bandeira de esquerda do P.S., todavia, não sei bem quem António Costa é, sobretudo, se vier a vestir  a pele de chefe do Governo. Concedo, no entanto,  que é preciso dar um voto à esperança, porque é preciso muita inteligência e coragem para assumir a grande responsabilidade de decidir hoje sobre o futuro do País. E também reconheço que a tendência de voto dos portugueses, ao longo destes 40 anos após Abril, não sofreu grandes alterações: os portugueses votam maioritariamente no centro do espectro partidário, rejeitando todas as propostas que estão para lá daquele espaço político. Por isto tudo, apoio a candidatura de António Costa. Não estou à espera, naturalmente, de uma revolução, mas quero acreditar que o seu programa e orientação política , pelo menos no que respeita à defesa dos mais desafortunados e do Estado Social, será muito diferente daquela que hoje os está a destruir.  


Um violino em cima do telhado Constitucional



A última gota de água sobre a polémica entre o Governo e o Tribunal Constitucional, saiu hoje da boca da vice-presidente do P.S.D., Teresa Leal Coelho, quando esta declara, inopinadamente, que os juízes deste órgão de soberania independente deviam ser objecto de sanções jurídicas porque , no ponto de vista dela ( isento, claro), estão a violar a Constituição do Governo, a Constituição da maioria e a Constituição do P.S.D.
Isto já não é política, é uma ópera bufa.